E disse-lhe Faraó: Vai-te de mim e guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque, no dia em que vires o meu rosto, morrerás.Êxodo 10.28
O rei do Egito não aguentava mais a pressão de Deus sobre ele. O Senhor agia assim para retardar a maldade de Faraó contra os israelitas. Sem um arrependimento sincero, o rei não seria liberto desse intento. Hoje, quem fez um pacto com o diabo pode ser livre, caso retroceda desse mau caminho, pois o Altíssimo diz que não leva em conta os erros do passado se houver arrependimento (At 17.30).
Quando uma pessoa resolve ser de determinado modo, nem Deus consegue mudá-la, pois ela tem o livre-arbítrio. No entanto, havendo arrependimento, que já é uma obra do Espírito Santo, ela poderá confessar o seu erro e pedir perdão. Assim, o Altíssimo entrará em ação e a libertará.
Qualquer um pode ser o que quiser, mas deve saber que arcará com as consequências das suas decisões. Ora, Faraó caminhava para um triste fim. Para que chegasse o momento em que permitiria a saída dos israelitas do Egito, ele teve o coração endurecido, a fim de não se precipitar, ir atrás deles e exterminá-los.
Agora, o rei já estava aborrecido com Moisés e as pragas que afligiram a nação, por isso lhe disse: “Se eu vir de novo o seu rosto, você será um homem morto”. Só competia ao servo de Deus esperar uma ação divina, pois o Senhor havia prometido tirar os israelitas da terra do pecado, e isso seria feito. Em situação parecida, não tema, apenas ore e confie no que o Todo-Poderoso fará.
Já fazia mais de um ano que o Senhor enviara Moisés para falar com Faraó, e as pragas começaram a assolar o Egito. Como ninguém zomba de Deus (Gl 6.7), a má semente que um antecessor do rei plantou havia 80 anos daria o seu fruto. Eles mataram milhares de bebês inocentes dos hebreus (Êx 1.16), e, agora, todo primogênito dos egípcios morreria misteriosamente na mesma noite; porém, dos israelitas nenhum pereceria.
Na verdade, não somente os deuses foram envergonhados, mas também o próprio Faraó, que se dizia filho de Rá, o deus supremo do panteão egípcio. Rá não teve condições de sequer guardar o primogênito do rei; então, derrotado, este permitiu que os filhos de Israel partissem para a liberdade. Quem provoca o Senhor é louco, pois como a criatura pode desafiar o seu Criador? O Onipotente estava agindo, e ninguém impediria (Is 43.13).
Após a partida dos hebreus, Faraó se arrependeu e foi atrás deles com o seu exército. Ao vê-los caminhando pelo fundo do mar, gritou que era hora de matá-los. No entanto, o Senhor, que ia à frente do Seu povo, passou para a retaguarda e, quando o último hebreu pisou do outro lado do mar, Ele fez as águas voltarem e matarem os inimigos.
Em Cristo, com amor,
R. R Soares
