Ele, porém, lhes disse: Não me detenhais, pois o SENHOR tem prosperado o meu caminho; deixai-me partir, para que eu volte a meu senhor. Gênesis 24.56
Ainda quando ouvia de Abraão a missão que deveria desempenhar entre os parentes dele, seu servo colocou uma condicional à palavra do patriarca, indagando se, caso a jovem não quisesse ir com ele, deveria levar Isaque até Naor. Prontamente, Abraão disse não, pois, como era homem de oração, conhecia o plano divino. Quando temos a direção de Deus, temos de fechar o ouvido às condicionais, para não sairmos do plano verdadeiro nem cairmos nas armadilhas do diabo.
Antes de chegar ao local determinado, sem a localização exata de onde seria abençoado, o criado orou e, durante sua oração, da sua boca se descortinaram todos os acontecimentos a seguir. Então, só lhe competia aguardar e, logo, ficou boquiaberto com o que sucedeu. A jovem era linda e, ao mesmo tempo, muito gentil, pois não somente deu água a ele, como também aos seus camelos. Parecia que ele e Rebeca haviam assistido à mesma aula. Deus é perfeito!
O servo de Abraão não combinara nada com a futura esposa de Isaque, mas o Senhor havia colocado as palavras na sua oração e no coração da jovem. Enquanto ela dava de beber aos animais, ele a observava em silêncio para ver se Deus tinha levado a bom termo sua jornada. A seguir, o empregado deu a ela presentes e perguntou de quem era filha. Naquele momento, ele soube que a moça era sobrinha de Abraão e havia, na casa dela, lugar suficiente para ele e os camelos passarem a noite. Diante dessas revelações, o servo se inclinou e adorou o Senhor!
Desde o primeiro encontro com Rebeca, ainda junto ao poço, ele viu que a mão divina não errou ao orientá-lo a orar e reconheceu ter sido guiado ao lugar exato. Ela correu e contou as boas-novas à sua família. Quando Deus está no controle, não há como algo dar errado. É verdadeira a palavra a qual declara que todas as coisas cooperam para o bem de quem ama a Deus (Rm 8.28). Siga as orientações do Altíssimo, e Ele o conduzirá. Amém?
Labão, irmão de Rebeca, ouviu seu relato e saiu para encontrar o homem enviado por Abraão. Ao chegar até ele, Labão o saudou como bendito do Senhor e o convidou a entrar em casa, bem como os homens que estavam com o servo. Até então, tudo era maravilha, mas, se era plano de Deus, continuaria a ser bem-sucedido. Puseram comida diante dele, e ele avisou que não comeria sem antes dizer por que estava ali. Então, começou a falar como Abraão havia prosperado.
Chegou o momento de grande suspense, quando revelaria sua missão. Sem temer ou tremer, o homem declarou que seu senhor o enviara com ordens expressas para conseguir uma noiva para seu filho. Após ter explicado tudo, perguntou se eles usariam de benevolência para com Abraão; caso contrário, deveriam contar-lhe a decisão naquele momento. A resposta de Betuel, o pai de Labão e Rebeca, foi que isso procedia do Senhor e não havia como recusar.
A missão que aquele servo recebera do amigo de Deus (Tg 2.23), seu senhor, não poderia ser melhor, pois tudo se encaixara como uma máquina bem-montada. Ao explicar o que fora fazer ali, ele ouviu do pai e do irmão de Rebeca que ela podia ir com ele. Assim, o servo se prostrou diante do Senhor e deu presentes a Rebeca, ao irmão e à mãe dela.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
