sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O amor, a marca do verdadeiro cristão


O cristão é conhecido pelo amor. Sem amor nossa ortodoxia é deficiente. A igreja de Éfeso era ortodoxa, zelava pela doutrina verdadeira, ao mesmo tempo em que repudiava os falsos apóstolos e suas heresias, mas falhou ao abandonar o seu primeiro amor. Jesus elogiou a firmeza doutrinária da igreja de Éfeso, mas a repreendeu pela sua falta de amor. 

O amor é mais importante do que o conhecimento. A igreja de Corinto, influenciada pela cultura grega dava mais importância ao saber do que ao amor. O apóstolo, então, ensina a igreja que o conhecimento ensoberbece, mas o amor edifica (1Co 8.1-4). O amor é mais importante que os dons espirituais. O apóstolo Paulo adverte que ainda que eu tenha o dom de variedade de línguas, de profecia, de conhecimento e de fé, se eu não tiver amor, minha vida só produz barulho e nada será (1Co 13.1-3). 

O amor é mais importante do que as mais importantes virtudes cristãs. No mesmo capítulo 13 da Carta aos Coríntios, Paulo diz: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”. Fé e esperança são elementos fundamentais do cristianismo. Mas só o amor é transcendente e vai morar no céu. No céu não precisaremos mais de fé nem mesmo de esperança, pois lá veremos ao Senhor face a face e, apropriar-nos-emos da bem-aventurança eterna. Mas, o amor há de marcar o clima e as relações no céu. 

O amor é o principal de todos os mandamentos. Jesus disse que o maior de todos os mandamentos é amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12.28-31). O apóstolo João nos ensina, porém, que não podemos amar a Deus a quem não vemos se não amamos os irmãos a quem vemos (1Jo 4.20). Aquele que não ama ainda está nas trevas e nunca viu a Deus, pois Deus é amor. O amor é o cumprimento da lei. A essência dos dez mandamentos é amar a Deus e ao próximo. Quem ama procura agradar a pessoa amada. Jesus disse que aquele que o ama obedece os seus mandamentos. Nessa mesma linha de pensamento, Agostinho de Hipona disse: “Ame a Deus e faça o que você quiser”. 

O amor sempre busca a promoção do outro. O apóstolo Paulo diz: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12.10). O amor não visa seus próprios interesses. Ele não é egocentralizado, mas outrocentralizado. O amor é a apologética final. Jesus disse que somos conhecidos como seus discípulos pelo amor. “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13.34,35). 

Amar o próximo era um mandamento antigo, mas agora, ganha um novo sentido e uma nova amplitude. Devemos amar como Cristo nos amou. Ele nos amou mais do que a si mesmo. Ele nos amou e deu sua vida por nós. Ele amou-nos sacrificialmente. Quem ama se entrega. Deus nos amou e deu-nos seu único Filho (Jo 3.16). Ele não poupou o seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou (Rm 8.32). Agora, devemos, também, dar a nossa vida pelos nossos irmãos (1Jo 3.16). Que Deus nos ajude a sermos uma comunidade conhecida pelo amor. Que o amor de Deus seja visto e conhecido nesta igreja e através desta igreja. Que aqueles que convivem conosco possam ser confortados pelo nosso amor. ,



Rev. Hernandes Dias Lopes.

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