quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Em busca da centésima ovelha


Jesus contou três parábolas em Lucas 15 para falar-nos do coração amoroso do Pai, que não desiste de amar e de procurar os seus filhos. Cada parábola tem uma lição principal, que enfatiza uma faceta do amor de Deus. Vamos considerar neste texto a parábola da ovelha perdida. A ovelha não foi perdida, ela desgarrou-se do rebanho.

Ela foi atraída por novos horizontes, novas pastagens, novas aventuras e afastou-se do convívio das outras ovelhas. Certamente não notara o risco de cair no abismo, nem de perder o rumo nos desertos, nem mesmo a possibilidade de ser apanhada por um animal predador. A ovelha é um animal frágil, teimoso, indefeso, míope e que não consegue defender-se. Para estar segura precisa do cuidado do pastor e da companhia das outras ovelhas. Jesus nos conta como a centésima ovelha desgarrou-se e perdeu-se. O pastor, entretanto, não desistiu dela. Nem a culpou por sua fuga inconsequente. Antes, deixou as demais em segurança, procurou-a pelas montanhas escarpadas e valados profundos e encontrou-a em situação desesperadora. Não podendo ela andar, o pastor a tomou no colo. Em vez de sacrificá-la, o pastor alegrou-se em encontrá-la e festejou a sua reintegração no meio do rebanho. É assim que Deus faz conosco. Ele não desiste de nos amar. Ele não abre mão da nossa vida. Ele não abdica do direito que tem de nos tomar para si e nos manter na sua presença.

Semelhantemente, Jesus não nos esmaga nem nos acusa, mas nos restaura. Não nos trata conforme nossos pecados, mas consoante suas muitas misericórdias. Vemos nesta parábola algumas atitudes de Jesus: Em primeiro lugar, ele nos valoriza. O pastor poderia ter se contentado com as noventa e nove que estavam seguras e desistido da ovelha peralta que rebeldemente desgarrou-se. Mas o pastor não desistiu de buscar a ovelha, ainda que fosse uma ovelha rebelde. Em segundo lugar, ele nos procura. O pastor saiu em busca da ovelha perdida. Ele veio buscar e salvar o perdido. Ele veio para os doentes. Ele veio salvar pecadores. Ele move os céus e a terra para conquistar-nos e atrair-nos para si. Seu amoré eterno, sua compaixão é infinita, seu prazer é ter-nos na sua presença. Em terceiro lugar, ele desce aos mais profundo abismo para nos buscar. O pastor correu riscos para encontrar a ovelha perdida. Jesus desceu da glória. Fez-se carne. Sofreu, foi perseguido, humilhado, cuspido, pregado na cruz. Ele desceu ao inferno e suportou na sua carne o flagelo dos nossos pecados. Ele bebeu sozinho o cálice da ira de Deus contra o pecado e morreu por nós para nos resgatar da morte. Ó bendito amor, sublime amor, incomensurável amor! Em quarto lugar, ele nos toma nos braços e nos leva para o aprisco.

Jesus evidencia seu imenso amor a ponto de nos carregar no colo. Ele nos toma em seus braços eternos. Ele nos toma pela sua mão direita e nos conduz à glória. Ele não sente nojo da ovelha que caiu no abismo, mas desce os despenhadeiros mais perigosos para arrancar das entranhas da morte a ovelha que se perdeu e encontra-a, toma-a amorosamente nos braços e a leva para o aprisco. Em quinto lugar, ele celebra com alegria a volta da ovelha desgarrada. A Bíblia diz que há festa no céu por um pecador que se arrepende. Os anjos exultam de alegria ao verem uma ovelha sendo resgatada das garras da morte. Deus tem prazer na misericórdia e ele festeja nossa volta para ele. Que bendito evangelho, que graça maravilhosa, que Deus bendito, que nos ama com amor eterno apesar de sermos pecadores!


Rev. Hernandes Dias Lopes.

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